Até o final deste ano, os usuários de internet do Brasil poderão contar com uma nova maneira de se conectar: a tomada. No mês de abril, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) publicou uma regulamentação que libera a internet rápida por meio da eletricidade. A tecnologia é conhecida como PLC, sigla em inglês para comunicação pela linha elétrica. Esse pode ser um grande passo na expansão da banda larga no Brasil, pois a rede elétrica alcança quase todas as regiões do país. E, para quem já tem outra forma de acesso, vale à pena trocar?
A resposta depende de suas necessidades. A principal vantagem da tecnologia pela tomada é a existência de rede elétrica em quase todos os lugares. Por isso, não é necessário que técnicos instalem fiações de telefone ou cabos de TV na casa dos usuários. Depois que o sinal da conexão é liberado, basta conectar um modem específico a qualquer tomada da casa para que aquele ponto de energia se transforme também num ponto de conexão à rede de computadores. O modem é portátil. Parece um desses carregadores de bateria de celular. Pode ser trocado de tomada conforme a necessidade do usuário, uma flexibilidade que não existe na internet a cabo ou por telefone. Em testes fechados que a AES Eletropaulo Telecom está realizando em 150 domicílios de São Paulo, a conexão por rede elétrica tem registrado boas velocidades tanto para baixar quanto para transmitir arquivos.
A tecnologia avançou nos últimos dez anos, graças a pesquisas feitas principalmente pela companhia estatal de eletricidade da França e pela empresa de comunicação suíça Ascom. Hoje, a tecnologia é mais difundida nos Estados Unidos, na Espanha, na França, na Índia e na China. Só no ano passado, foram vendidos 5 milhões de adaptadores para internet na tomada no mundo.
Segundo dados do Ibope Nielsen Online, apenas 15% da população tem internet de alta velocidade em casa. Entre os serviços disponíveis hoje, os principais são a linha telefônica e o cabo, que somam mais de 90% dos usuários. Ambos dependem da instalação de redes próprias para comunicação, o que exige investimento pesado em infraestrutura para expandir a abrangência dos serviços. É com essas opções que a internet pela tomada deverá concorrer.
Por outro lado, a linha elétrica é compartilhada entre os usuários. Isso significa que, quanto mais pessoas estiverem conectadas ao mesmo tempo, menor será a velocidade da internet(como acontece com a interenet à radio). Além disso, a conexão também pode sofrer interferência de outros aparelhos ligados na rede elétrica. A velocidade pode cair se você ligar um secador de cabelo, por exemplo.
Segundo a AES Eletropaulo, a empresa testou filtros que impedem essa interferência. A eficácia do sistema só poderá ser verificada quando um número maior de usuários domésticos comuns optarem pela tecnologia. Por enquanto, são apenas testes. Nem a Eletropaulo nem a Copel, companhia elétrica do Paraná, que também vai oferecer o serviço, sabem ainda quais serão as velocidades e os preços para esse tipo de conexão. Se as condições forem competitivas, essa forma de conexão poderá massificar o acesso à internet de banda larga no Brasil.
A candidata Marta Suplicy, usou a internet elétrica em sua campanha para a prefeitura de São Paulo. Usando a nova tecnologia, como bandeira de inclusão digital gratuita, para as classes menos favorecidas. Mas todos sabem que uma tecnologia que teria um custo aproximado de R$ 6 bilhões, nunca iria ser gratuita, ainda mais se tratando de um projeto liderado pela Martaxa.
Acho interessante essa nova tecnologia, pois irá acirrar a concorrência, beneficiando ainda mais os usuários de internet. Porém pelo que eu conheço da política da AES Eletropaulo (pois pago R$45,00 mensais só de taxas), esse projeto não vai ser nada barato para o consumidor.
Compare as mais variadas conexões de internet do Brasil
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Internet na Tomada
Postado por Homenzinho de Barba Mal feita às 03:08
Marcadores: AES Eletropaulo, Internet via rede elétrica
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4 Comments:
quando minha mãe falou que isso era um projeto e que talvez realmente fosse usado eu ri dela.
mas vixe to cheia de duvidas, será que a net vai hiper mega mais rapida?
Fala-se da inclusão digital e demais benefícios para o investimento e expansão da internet de banda larga, porém nada me tira de cabeça que quase todo mundo, inclusive eu, usa a net apenas pra divertimento com MSN, Orkut e outras bobagens; ficando o uso com pesquisa e informação para segundo plano.
Essa é uma excelente noticia...
Que venha logo
Aqui em Manaus, então...
Vai ser coisa pra Barão!!!
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